quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Tipos Populares de Indaiatuba Antiga V (continuação)

texto de Ejotaele (continuação deste daqui)


O Jaime Pires, entre filósofo e cínico, era vivo como uma lebre; vivos e irrequietos eram seus irmãos Godo, Nabor e Arlindo, sempre prontos para qualquer "briguinha".

O Osvaldo Soares era inteligente e fértil em todas as disciplinas, prestigiado por isso, pelos mestres.
O Pasqualino Ungaretti, sempre entretido a fazer macaquinhos de cera durante as aulas, no que era imitado por Alcídio Quadros, menino terrível como um símio.

Isso, é bem de ver, irritava o professor neste tempo, aí pelo ano de 1900, era o Sr. Carlos Tanclér nosso primeiro mestre, ao qual, justo é que rendamos a nossa homenagem.

Apraz-nos, sobremaneira, nesta altura, abrir um parênteses, para evocarmos com admiração e viva lembrança, aqueles que proporcionaram os primeiros haustos de alimento espiritual.

Ressaltemos em primeiro lugar, a pessoa sempre estimada do Professor Galdino Chagas prestando-lhe o tributo de admiração que o seu valor se impôs. Foi um dos decanos do Ensino Público, figura de proa da instrução pública local, com um valioso contingente de serviços prestados à coletividade indaiatubana e cujo zelo paternal pelos alunos, lhe assegurou, com justa recompensa, o reconhecimento de Indaiatuba, para o julgamento sereno e justo da posteridade.

Vem, a seguir, pela ordem de antiguidade, os saudosos professores Coelho e Dória.

D. Carmelina e D. Claudina, que há longos anos dormem o sono da eternidade, as boníssimas Professoras Esmeralda Fonseca, Áurea de Lima e Ester Vieira Branco, nomes que refulgiam no magistério público.

D. Jandira, a meiga professorinha, de espírito bondoso, de afetividade quase sobre humana. Lembramos muito bem de seu repúdio em se matar até uma simples formiga... De D. Olímpia Fonseca, implacável no impor seu método disciplinar, ninguém dos nossos coevos terá esquecido. pela sua intransigência, os alunos a subestimaram com alguma razão.

D. Laura, se os seus dotes físicos não a favoreciam lá muito, era, em compensação, simpática e dona de espírito invulgar que animava seus sentimentos de bondade franciscana.

Fazendo alarde de sua elegância, porém menos acessível no trato, era D. Antonieta, professora da seção feminina.

Os professores Nestor e Quirino Ferreira, eternamente joviais, eram amigos dos alunos, principalmente o último, que até nas vias públicas fazia coro com as travessuras dos garotos.
D. Maria José e D. Helena de Campos muito queridas pelos alunos, ornamentos de bondade e delicadeza são nomes que já estão ligados ao nosso patrimônio social e cultural.

A D. Cecília foi outra professora que honrou Indaiatuba no exercício do Magistério. Outras, já no término de nossa jornada escolar como as Professoras Ana Mazili e Elzira de Oliveira, cujos predicados de escola se fizeram enaltecer.

Por fim, o inolvidável e saudoso Professor João Pinto Correia, o padrão de virtudes, em cujo exercício do magistério foi um dos expoentes, tal o seu descortino didático a par de uma incomparável docilidade no trato com os alunos. Dedicou o professor Correia grande parte de sua vida à santificada tarefa de trabalhar pelo bem de seus semelhantes, como verdadeiro apóstolo.

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(Continua)

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